sábado, 21 de agosto de 2010

PAULINHO MOSKA - UM E OUTRO

PAULINHO MOSKA - UM E OUTRO


Já dizia o Gessinger, ninguém é igual a ningém, são todos iguais, uns mais, outros menos, mas são todos iguais.


Não vejo nada de errado em me "repetir", em ser igual em alguns momentos. No fundo nos espelhamos no outro em boa parte do tempo. Já convivi com tanta gente diferente, e ainda convivo. Diferentes classes sociais, no trabalho, na faculdade, na minha casa, na rua da minha casa, na casa do vizinho, na rua da casa do vizinho... em toda e qualquer rede de relacionamentos que tenho.


O que é bom do outro, 'roubo' pra mim sem nenhum medo ou temor. Realmente acredito que isso não "me" faça mal, muito pelo contrário. Não sou o dono das verdades do mundo. Mas apesar disso tudo, acho que o importante é buscar a cada ato, a cada gesto, mostrar quem realmente se é, mesmo não sendo o 'autor' da obra.




"Quando eu era adolescente, não sabia direito como funcionava o mundo e sofria uma pressão muito grande para ser igual aos outros. Ninguém tem de ser igual a ninguém. Cada pessoa é um universo maravilhoso e único." Renato Russo...


Continuando o pensamento que pensa:

- Se eu tiver um pouco selecionado de CADA UM eu vou ser um pouco de TODO MUNDO e não EU mesmo?
- Não, não é bem por aí. Eu formo uma opinião em cima daquilo, discuto comigo, mudo uma virgula de lugar, acrescento uma letra aqui, e eis que 'nasci'. Eu sou eu.


Máscaras caem, e aí a questão é outra: faltar autenticidade é diferente de repetir. Eu só plagio aquilo que realmente diz algo pra mim, do contrário tudo não passaria de uma pura mentira para se dizer SER algo que no fundo NÃO SE É. O que acontece com muita frequência com algumas pessoas. E ah, antes que pensem o contrário, eu sempre revelo os direitos autorais! ;-D






"Eu prefiro ser uma metamorfose ambulante a ter uma opinião formada sobre tudo", sem permitir a minha mente aberta para novas possibilidades, podendo mudar o meu modo de ver algo ao ter a chance de uma outra pessoa me provar que eu realmente não estou certo, ou que estou quase certo, ou totalmente errado!


Não preciso dizer de quem é a frase entre-aspas, neh? Tá, ok, já que você insiste (e também pelo meu respeito formal aos direitos autorais): Raulzito, uma das lendas do Rock e da música nacional, de forma geral.


Por falar em lenda, para que você continue lendo! (Caraca, essa foi péssima! kkkkkkkk)


Uma frase: ""Repetir, repetir, repetir até ficar diferente..." eis a chama do Control+C Control+V da vida da gente!" Até rimou, mas o primeiro entre-aspas da frase acima é um verso de uma música do Moska, velho Moska citado neste texto como protagonista principal, o motivo do post inclusive, numa letra da música "Um e outro":


PAULINHO MOSKA - UM E OUTRO


"Um fala, o outro escuta;
Um cala, o outro muta;
Um grita, o outro olha;
Um habita, o outro desfolha;


Um aperta, o outro solta;
Um liberta, o outro volta;
Um salta, o outro pousa;
Um falta, o outro ousa entrar
na fenda que nos separa 
da ponte que nos aproxima.


Quem retirou a última pedra do muro
que estávamos vivendo em cima?


Um atura, o outro devora;
Um mistura, o outro demora;
Um corre, o outro estanca;
Um morre, o outro arranca;
Um concorda, o outro sabe;
Um transborda, o outro cabe;
Um chamusca, o outro congela;
Um busca, o outro revela a fenda
que nos separa da ponte que nos aproxima.


Quem retirou a última pedra do muro
que estávamos vivendo em cima?


Um existe, o outro permanece;
Um insiste, o outro acontece;
Um estranha, o outro acostuma;
Um acompanha, o outro desarruma;
Um agarra, o outro conquista;
Um esbarra, o outro despista;
Um batalha, o outro entrega;
Um encalha, o outro navega na fenda
que nos separa da ponte que nos aproxima.


Quem retirou a última pedra do muro
que estávamos vivendo em cima?"



Nenhum comentário:

Postar um comentário